Nick Skelton é ouro na Rio 2016; Doda e Pedro terminam em 9º e 16º lugar

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Ele fraturou o pescoço em uma queda há 16 anos, tem 58 anos, uma prótese no quadril e competiu em sua sétima Olimpíada com um cavalo que passou dois anos se recuperando de uma lesão. Mesmo assim, Nick Skelton fez história nos Jogos Rio 2016 nesta sexta-feira, 19/8, ao se tornar o primeiro cavaleiro britânico a conquistar um ouro individual no Salto nos Jogos Olímpicos. E mais uma vez o hipismo mostra que é um dos esportes mais democráticos, sem limite de idade e o único em que homens e mulheres competem juntos.

 

Pódio do Salto Individual Rio 2016 com um sueco, um britânico e um canadense; img: rio2016.com
Pódio do Salto Individual Rio 2016 com um sueco, um britânico e um canadense; img: rio2016.com

 

Dos 35 conjuntos que se classificaram para esta final, 13 prosseguiram sem faltas para a segunda rodada com os 27 melhores. Seis concorrentes ainda conseguiram zerar novamente o exigente percurso final armado pelo brasileiro Guilherme Jorge e um desempate foi necessário para decidir os medalhistas.

Primeiro a entrar em pista Nick Skelton e Big Star andaram rápido e não cometeram faltas. “Andei o mais que pude sem correr muitos riscos ele já é um cavalo rápido. Quis colocar pressão nos outros concorrentes e dei sorte”, explicou o britânico que terminou com a marca de 42s82.

 

Nick Skelton e Big Star saltam a asa delta; img: rio2016.com
Nick Skelton e Big Star saltam a asa delta; img: rio2016.com

 

O sueco Peder Fredricson e All In foram os penúltimos em pista e conseguiram o segundo percurso limpo do desempate, ficando com a prata no tempo de 43s35. “Sabia que tinha um ótimo cavalo quando vim para os Jogos. Talvez não estivesse esperando por uma medalha, mas com certeza gostaria de voltar com uma!”, declarou o sueco de 44 anos. “Tentei ser mais rápido que Skelton, mas não consegui.”

Eric Lamaze tinha a vantagem de entrar por último, mas um leve toque de Fine Lady quando fizeram uma curva apertada ocasionou um derrube que deixou o conjunto canadense com o bronze no melhor tempo da prova, 42s09. “Tudo tem que dar certo e vários ótimos conjuntos tiveram problemas esta semana, você precisa dar sorte e seu cavalo precisa estar bem”, comentou Lamaze. “A Olimpíada é o maior desafio da carreira de um cavaleiro e todos tentam dar o seu melhor. Todos que estavam no desempate mereciam a medalha.”
O desempenho dos brasileiros

O Brasil teve três representantes na final individual. Na primeira volta Eduardo Menezes e Quintol cometeram duas faltas e não se classificaram para a segunda passagem. Doda Miranda montando Cornetto K e Pedro Veniss com Quabri d´Isle fecharam ambos com uma falta na primeira passagem e ficaram entre os Top 27 na corrida pelo pódio.

Doda fez um percurso limpo, fechando a competição com quatro pontos perdidos na 9ª colocação empatado com outros seis conjuntos. Pedro com Quabri teve um ponto por excesso de tempo somando cinco pontos na 16ª posição, ao lado de dois conjuntos.

 

Doda montando Corneto nos Jogos Rio 2016. Foto: Washington Alves/Exemplus/COB
Doda montando Cornetto K nos Jogos Rio 2016. Foto: Washington Alves/Exemplus/COB

 

Pedro e Quabri de L’’Isle chegaram ao segundo round da disputa, mas tiveram um ponto por excesso terminando com 5 pontos perdidos. Pedro se diz satisfeito com o desempenho do Brasil na competição. “A participação do Brasil foi boa, ficamos entre os cinco melhores na competição mais importante do mundo. Estamos tristes de não conseguir a medalha por equipe, mas não podemos falar que o resultado foi ruim. Brigamos com as maiores nações do esporte, no final foram detalhes. Mas isso mostra que estamos no caminho”, comentou Pedro.

 

Pedro e Quabri de L'Isle; img: COB
Pedro e Quabri de L’Isle; img: COB

 

Mais experiente do time e dono de duas medalhas olímpicas por equipe, Doda foi o último a entrar na pista, com Cornetto K. Mesmo com o percurso zerado na segunda volta, não houve chance de chegar ao desempate, em que seis conjuntos com duplo zero disputaram as medalhas. “Achei que tivemos mais percursos zerados do que pensávamos. Os cavalos estão saltando muito bem, os obstáculos estão chamando a atenção dos cavalos, eles conseguem ler bem a pista, o tempo também pode ter ficado suave. É difícil armar uma Olimpíada, o Guilherme Jorge fez um excelente trabalho. A falta que cometi foi muito leve, difícil conseguir explicar. Mas vamos em frente, agora é pensar na próxima Olimpíada e não parar enquanto a medalha não vier”, finalizou Doda.

 

Resultado

 

Com as fontes: MKT Mix Comunicação, CBH e FEI; fotos: COB e Rio2016.com

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